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Entrevista com o candidato a Secretário-Geral da SPORL-CCP, Professor Doutor Paulo Vera Cruz

  • pedroalbertoescada
  • 29 de mar.
  • 4 min de leitura

Professor Paulo Vera Cruz, porque aceitou o convite do Professor Pedro Escada para se candidatar à Direção da SPORL?

A SPORL-CCP tem feito um trajeto sedimentado, com acompanhamento, promoção e divulgação da atividade científica da Otorrinolaringologia portuguesa. A atualização científica, a par da evolução da sociedade, tem sido espelhada na atividade da SPORL-CCP.

Os anos de trabalho que tenho ao lado do Prof. Pedro Escada permitem-me estar seguro de que este trajeto e o seguimento dos ideais da SPORL-CCP vão ser cumpridos por ele e pela equipa que escolheu. As provas que já deu de dedicação profissional científica, pedagógica e assistencial são o garante da sua liderança para os próximos 3 anos à frente da nossa Sociedade.

 

Qual é a sua experiência profissional e de que forma é que acha que essa experiência o preparou para um cargo de liderança na Direção da SPORL-CCP?

Os acasos da vida levaram-me a trabalhar em diferentes áreas geográficas do país e em contextos variados no Serviço Nacional de Saúde, nas Forças Armadas e na clínica privada. A liderança de equipas clínicas, no ensino e na investigação surgiu naturalmente e permitiu-me dar um contributo em cada uma das tarefas ou missões que abracei. Os anos passados em diferentes tarefas dentro da estrutura da SPORL são um forte contributo para encarar a nova função de Secretário-Geral como um desafio para o qual me sinto preparado.

 

Na sua opinião, quais são os principais desafios atuais da nossa especialidade em geral e em Portugal em particular?

Penso que o principal desafio que iremos enfrentar na nossa profissão é a adaptação da nossa atividade à evolução e aplicação da inteligência artificial e da aprendizagem das máquinas ao quotidiano clínico. A informação adquirida pelos doentes e a correspondente expectativa que essa informação cria sobre a doença, diagnósticos, investigação clínica e opções de tratamento, poderá igualmente gerar um problema ou uma barreira, se não for adequadamente preparada pelos médicos. A História da Medicina mostra-nos que os médicos estiveram sempre um pouco à frente no conhecimento e na compreensão das suas comunidades. É importante que isso se mantenha assim no nosso tempo.

 

Se tivesse que eleger as 3 propostas do Manifesto Eleitoral da sua lista que mais o entusiasmam, quais são elas?

Em primeiro lugar está a promoção das atividades que valorizem cientificamente os seus sócios. É esta a essência de uma sociedade científica e que subjaz a tudo o resto.

O fomentar do desenvolvimento técnico-científico da especialidade é uma proposta muito ligada à primeira e que tem sido, nos últimos anos, refletida na alta qualidade dos trabalhos apresentados e publicados pelos Otorrinolaringologistas portugueses.

A cooperação com entidades nacionais e internacionais com idênticos objetivos, promovendo o intercâmbio, a partilha e o sufrágio, far-nos-á evoluir e melhorar em todos os parâmetros.

 

Por que razão você acredita que a sua lista, “União e Juventude”, é a melhor opção para liderar a SPORL-CCP no próximo triénio?

A equipa que o Prof. Pedro Escada escolheu caracteriza-se pela diversidade e pela diferença. Estas características, unidas pela motivação de fazer algo pela Sociedade que é de todos, é capaz de gerar a força necessária para guiar a SPORL-CCP no próximo triénio. O destaque da “Juventude” no lema de campanha enfatiza a necessidade de espelhar a pirâmide etária na nossa profissão e na nossa Sociedade. Ficamos assim ávidos da sua contribuição para melhorarmos e atualizarmo-nos.

 

O que acha que a maior participação dos jovens poderá trazer de diferente para a vida da SPORL-CCP?

É engraçado recordar o que é que “os menos jovens” fizeram pela SPORL-CCP quando eram jovens: foram-na mudando.

É isso que acho que os jovens atuais devem fazer: irem-na mudando.

 

O que acha que se pode fazer para garantir que a sociedade seja mais dinâmica e próxima dos seus sócios?

Considero que a variedade dos eventos que a SPORL-CCP tem promovido permite que os sócios se mantenham comprometidos com a Sociedade. Outro exemplo forte da proximidade dos sócios com a SPORL-CCP foi a pandemia, em que a SPORL-CCP assumiu com empenho e dedicação a sua função científica, congregando e divulgando informação e dando orientações, que foram preciosas para a continuação da assistência aos doentes pelos sócios da SPORL-CCP, em segurança e com qualidade.

 

Acha que a situação geopolítica atual, com várias guerras, um afastamento crescente entre os Estados Unidos (um país para onde nos deslocamos frequentemente para nos atualizarmos e recebermos formação) e a Europa, pode levar a alterações na otorrinolaringologia Portuguesa e da forma como nos posicionamos na otorrinolaringologia global?

Em ciência, e na Medicina em particular, a nossa linguagem e a nossa ação é universal. É mau para a Humanidade haver faltas de partilha científica nas ciências médicas. No contexto atual, fazem-nos falta as contribuições de todos os colegas (e irmãos, segundo o antigo juramento de Hipócrates) independentemente da sua geografia ou das políticas dos seus líderes nacionais.

 

Qual é que acha que é o seu estilo de liderança, e qual a sua forma habitual de enfrentar situações difíceis e de resolver conflitos?  

Nos conflitos o melhor é prevenir e depois de estabelecidos o melhor é falar claramente. Penso que a “União” que figura no lema da nossa lista, não é meramente cosmética. Somos muito poucos para desperdiçar contributos e as nossas diferenças devem ser resolvidas com diálogo e com democracia, ou melhor, “sociocracia”.

 

Que mensagem final gostaria de deixar aos sócios da SPORL-CCP? 

A minha mensagem final é um apelo ao voto na Lista B, com a garantia da continuação do trabalho empenhado e motivado em prol do crescimento científico da SPORL-CCP.

 
 
 

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